Pela sexta vez, desde que surgiu vida na Terra, estamos à beira de extinção em massa de espécies. Seria a primeira desde o fim dos dinossauros, há 65,5 milhões de anos. Que é o fenômeno. Qual o papel do ser humano. Como interrompê-lo?
Muitas pessoas têm negado a degradação ambiental de nossos tempos sob o argumento de que isso faz parte de ciclos naturais da Terra e que, como houve perda de biodiversidade em outras eras geológicas, isso poderia estar ocorrendo novamente. No entanto, a análise do professor Heraldo Ramos Neto revela que é preciso calma e cuidado com análises reducionistas. Ele diz que é verdade que outros eventos causaram transformação no planeta. Porém, desde a existência do ser humano sobre a terra, as rápidas transformações são visíveis. “A espécie humana é um organismo causador de perturbação e que precisa reavaliar suas ações, sob o risco de não conseguir persistir. Em uma biosfera cada vez mais modificada, aumenta-se o risco de colapso dos processos ecológicos e evolutivos que sustentam a vida, incluindo a humana”, adverte na entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line.